Deviam ser 21.35 quando Verónica chegou. À porta estavam algumas pessoas, tinha imaginado encontrar mais, muitas mais, talvez uma multidão, mas não deveriam ser mais do que sete.
Caminhou hesitante, assombrou-lhe a ideia de voltar para trás, ainda chegou a olhar para a porta que tinha ficado aberta, mas nao! Levantou a cabeça e seguiu até à última porta. Era nessa última porta, a mais díficil de chegar, onde ele se encontrava.
Encontrou!
Imaginou muitas vezes a situação, conseguia fechar os olhos e imaginar todos os seus gestos e reacções, mas estava enganada a sensação de chegar e vê-lo ali, imóvel, foi deveras única.
Aproximou-se!
Olhou!
Confirmou!
Sim, era ele e dúvidas não as haviam. Tinha escolhido partir, partir e não mais voltar.
Fez questão de confirmar tal escolha, quis ser testemunha de tal feito. Sentiu os olhares, questionando a sua presença, perguntando o que trazia ela no saco...
Esperou, que todos se retirassem e quando a areia começou a ser atirada em rápidos movimentos, abriu o saco e retirou a caixa. A caixa que guardava o que restava da sua lembrança.
Sem demoras atirou-a. E com ela foram todas as suas lembranças, guardadas na caixa.
Sorriu e pensou:
“Sabe bem viver, hoje enterei-te”
Por agora é tudo...
... eu volto!
Beijos e abraços primaveris,
Dark Moon
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